O triste guerreiro

por Convidad Sex Jul 19, 2013 8:34 pm

A beleza do santuário de Atena se fazia devido às belas arquiteturas clássicas remanescentes desde a era mitológica quando foi criado. O local protegido por uma enorme formação rochosa era fortificado, ainda, por bravos guerreiros que lutavam para proteger a deusa Atena. O santuário também era o local onde todos os jovens que pretendiam se tornar cavaleiros se alistavam e iniciavam um árduo treinamento para conseguir se tornar um cavaleiro da esperança. O lugar era dividido possuía os locais de treinamento, coliseu, as doze casas, sala do mestre, campo de treinamento das amazonas, o templo de Atena e os alojamentos dos aspirantes, sendo que eram separados os homens e as mulheres. O recinto de descanso dos aspirantes masculinos era um quarto com um aglomerado de camas de madeira, normalmente beliches ou treliches, onde os jovens descansam após a jornada de treinamento. As paredes acinzentadas feitas de concreto contornavam as janelas de madeira e vitrô de vidros que naquela manhã permitiam o transpassar dos raios solares. A manhã calma no santuário permitia um dia de descanso aos aspirantes, mas ainda assim a maioria preferiu relaxar realizando treinamentos de combates. O quarto após alguns minutos estava vazio exceto por um jovem que permanecia deitado enquanto admirava o céu. O menino por nome de Maximus era recém-chegado ao santuário e seu corpo ainda sentia os reflexos do árduo treinamento dali. Os olhos do rapaz refletiam a insatisfação ao acordar, seus pensamentos estavam longe, sua mente ainda revivia as horríveis lembranças de seu passado marcado por sangue e ódio. O vagar de seus pensamentos era interrompido pelo soar de um sino oriundo de uma capela e embora o jovem pensasse que não havia nada de anormal sentia uma ânsia em se dirigir para a janela para observar a capela. O corpo do jovem se movia involuntariamente para a beira da janela e logo se deparava com uma majestosa construção, cujas paredes pareciam prateadas com o tocar dos raios solares, devido a sua coloração cinza clara que lembrava uma grande parede prateada, os vitrais azulados adornavam as torres daquele lugar que ainda possuíam detalhes entalhados em sua entrada. A surpresa do aspirante com todo aquele esplendor era ampliada ao passar a ouvir uma música oriunda de um piano no interior da capela. O jovem estava confuso estava a decidir se iria seguir ou não o som.

por **Maximus** Dom Jul 21, 2013 3:08 pm

O rapaz conseguiu se adaptar muito bem ao santuário, sua beleza incomparável lembrava-lhe sua terra natal, de certa forma esse fato o confortava. Contudo, ainda não estava acostumado com o rígido treinamento dali, e mesmo com todos ou outros aspirantes realizando treinamento, Maximus preferia dar um descanso ao seu corpo nesse dia de folga. Mas ao mesmo tempo em que descansava, por permanecer ali deitado, suas lembranças começavam a surgir e atormenta-lo. Era sempre dessa forma, quando acabava alguma atividade ou mesmo antes de dormir, as lembranças de seu passado eram revividas. Mas o divagar do rapaz foi interrompido ao ouvir o soar de um sino, agradecendo-o por livrar-lhe de seus pensamentos, levantou de sua cama e foi até a janela para ver a capela. Assim que chegou a janela ficou hipnotizado, os vitrais e o aspecto que o sol causava em suas paredes deixaram o rapaz maravilhado, o encantamento ainda aumentava devido a musica que vinha do interior da capela. O cansaço e sua incerteza eram grandes, ainda assim resolver seguir aquele som.

por Convidad Ter Jul 23, 2013 5:53 pm

O enigmático som guiava o recém chegado aspirante, a música envolvente conseguia fazê-lo se sentir melhor mesmo com os sinais de cansaço de seu corpo, sua mente parecia liberta dos terrores do passado que o assombravam constantemente, naquele momento sua alma parecia estar finalmente e igualmente ao seu coração, em paz. O menino após se dirigir a entrada da Igreja, adentrava o local e seus olhos ficavam admirados com a beleza magistral do local. As paredes alvas como a neve transmitiam a reconfortante sensação de paz, o chão feito de blocos de concretos milimetricamente recortados para ficarem simétricos eram cobertos por um elegante carpete vermelho com detalhes em suas laterais de ouro. A extensão do carpete ia do altar até por sob os pés do jovem, pois o mesmo se encontrava ainda a poucos centímetros adentrados à porta. Um belo entalhe de madeira acrescentava requinte as portas daquele lugar, bem como os bancos igualmente de madeira meticulosamente adornados, tornando todas as estruturas feitas com madeiramento escuro uma verdadeira obra de arte. Os vitrais pareciam feitos para dosar cautelosamente a quantidade de luz, ao observar a igreja Maximus observava que a incidência de luz remetia a feixes que iluminavam apenas os bancos do local de forma igual comparada ao outro lado, o altar era banhado sutilmente com a luminosidade e devido a isso reluzia, como estrelas os detalhes em ouro maciço da construção enquanto que as paredes, o piano e púlpito recebiam apenas um sutil destaque em suas formas através. O aspirante ainda admirado percebeu que à sua frente, estava o autor daquela reconfortante e maravilhosa canção, seus olhos refletiam o espanto que se misturava ao reluzente brilho dourado da vestimenta do pianista. O som parava e o homem com armadura dourada se levantava e virava seu corpo frontalmente ao do jovem. O novato Máximus notava os entalhes em sua vestimenta e sabia que se tratava de uma armadura que aparentava ser de ouro maciço, os feixes de luz destacavam aos seus olhos alguns detalhes, como um elmo com dois enormes chifres com entalhes horizontais, um peitoral igualmente com adornos entalhados e ombreiras com pontas, mas o que mais lhe chamava a atenção era que aquele homem cujos cabelos eram penteados para cima possuía um olhar penetrante, frio e transmitiam grande auto confiança, intimidação e indicavam uma forte presença.

por **Maximus** Ter Jul 23, 2013 9:11 pm

Maximus sentia que a ideia de seguir aquela musica foi a melhor de sua vida, enfim encontrava-se em paz, esquecendo mesmo que por alguns momentos seu passado. Ao adentrar a capela sua surpresa foi nítida, já estava maravilhado com o exterior do local, mas seu interior era ainda mais estonteante. Maximus não se recordava da ultima vez que havia se sentido tão bem e só voltou a si quando a canção que o levara até ali parou e percebeu a presença de quem a tocava. Assim que o homem se virou para o rapaz ele notou a armadura que o sujeito usava e sua grande imponência. Praticamente estupefato perante a beleza da capela e da presença daquele homem, Maximus não tinha certeza do que deveria fazer diante daquilo. Aproximou-se alguns passos e conseguiu dizer somente um simples:
- Bom dia senhor.

por Convidad Qua Jul 24, 2013 11:56 pm

A surpresa de Maximus era nítida seus olhos admiravam a beleza não apenas da igreja agora, mas também a imponência de um homem trajado com uma armadura reluzente. A reação mediante a imponência do cavaleiro, apenas conseguia dizer bom dia ao homem. Um olhar aterrorizador era lançado contra o aspirante, os olhos do homem de vestes douradas pareciam retalhar a alma de Maximus e o deixava completamente paralisado. O silencio dentro daquele solo sagrado aumentava ainda mais a tensão sob a musculatura do menino que sentia como se seu corpo não estava sob seu controle, tamanha era tensão que o medo não conseguia nem sequer causar tremedeira em suas pernas. Uma voz incisiva finalmente rompia o silencio da igreja, as palavras daquele homem soavam em tom firme, contudo não agressivo. Uma apresentação por parte do homem mencionava seu nome – Exodus. O nome parecia adequado para aquela figura de olhar impetuoso e postura incisiva, seu olhar penetrante ecoava aos ouvidos de Maximus como palavras sutis embora parecessem ríspidas, o temor diante daquele homem curiosamente parecia não afetar o estado de espírito do aspirante, que continuava a sentir sua alma em paz. A voz de Exodus embora intimidadora transmitia segurança ao menino que admirado já não mais se sentia temeroso, seu corpo começava a relaxar novamente. O barulho de seu coração disparado aos poucos diminuíam seus ecos na mente do garoto que diante daquele homem apenas ouvia suas poucas falas com uma atenção incrível.

(NPC – Exodus) --- Bom dia, me chamo Exodus!

(NPC – Exodus) --- Percebi que adentrastes a igreja, por acaso tens a pretensão de rezar?

por **Maximus** Qui Jul 25, 2013 1:14 am

Após suas poucas palavras, Maximus continuava indefeso contra a imponência de Exodus, uma espécie de medo dominava seu corpo e os segundos seguintes pareceram uma eternidade para o rapaz. Sua tensão só chegou ao fim ao ouvir a resposta do cavaleiro, a segurança em sua voz permitiu a Maximus voltar ao estado de paz e tranquilidade em que se encontrava enquanto somente ouvia canção de fora da capela. Admirado com sua armadura e o aparente poder de Exodus, o garoto ouvia atentamente e respondia um pouco mais a vontade que anteriormente.

- Sou Maximus, prazer... Estava apenas seguindo sua musica, fazia tempo que não ouvia algo assim.

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